Ford Itamaraty 3000

Itamaraty

Ford
Ano/Modelo1971/1971
CâmbioManual
CombustívelGasolina

Este veículo já foi vendido.

Fale Conosco

Ford Itamaraty 3000 todo restaurado, motor  6 cilindros  de 140CV com carburação dupla. Essa é a última versão antes de sair de linha!
Carro sem detalhes, com motor recém feito!
“Na idade da inocência do automóvel nacional, era mais fácil agradar o consumidor exigente. Estamos falando do início da segunda metade dos anos 60, época em que aqueles que procuravam um nacional de luxo tinham poucas opções. A rigor, nenhuma, se usados critérios universais para justificar o adjetivo. Porém, feitos os descontos, o Aero-Willys, fabricado pela Willys Overland do Brasil, ao lado do Simca, tinha lá seu potencial, apesar de ambos já então serem merecedores de justa aposentadoria. A segunda geração do Aero, que ganhou uma plástica de grande porte, foi batizada como 2600 e apresentada em setembro de 1962. Dois anos depois passaria por nova reestilização, dessa vez mais leve. Mas, apesar dos aperfeiçoamentos mecânicos, ele era basicamente o mesmo que havia sido rejeitado pelos motoristas americanos já no início dos anos 50. 
A Willys viu no veterano sedã a oportunidade de atender executivos e bem-postos chefes de família. E, em 1966, lançou o Itamaraty, nome dado pelo nosso colunista Mauro Salles, então publicitário responsável pela conta da fábrica. Por fora, as marcas próprias do modelo mais luxuoso eram a grade frisada inteiriça (no Aero ela era dividida) e as lanternas traseiras horizontais em forma de onda, também ornamentadas com frisos. Mas a tradução da sofisticação estava no interior. Estofamento de couro, aplicações de jacarandá no painel e nas portas, que contavam com luzes de cortesia, e lâmpadas direcionais de leitura, semelhantes às dos aviões, faziam parte do arsenal para encher os olhos de quem dispunha de “11000 notinhas de 1000, uma em cima da outra”, como dizia a reportagem de apresentação do modelo, publicada na QUATRO RODAS de fevereiro de 1966. Dava para comprar quase dois Sedan VW, o futuro Fusca.
O Itamaraty foi saudado pela revista como um palácio sobre rodas. Até forro acústico sob o capô ele tinha, tudo para poupar os nobres ouvidos dos passageiros. No ano seguinte, foi lançado o modelo 3000, com novas grade e lanternas. Juntamente com o motor mais potente vinha a opção do ar-condicionado, que ficava no porta-malas e atendia melhor os passageiros de trás.
Ao motorista estava reservado um conjunto de mostradores emoldurados por legítimo jacarandá. Um jogo de teclas que lembravam os switchers encontrados nos cockpits dos aviões e de sofisticados carros ingleses ajudava a criar o clima luxuoso. Para manobrar o carro, eram necessários empenho e tempo. Às 4,5 voltas da direção, de batente a batente, do modelo 1966, em nome do menor esforço, somou-se mais uma no ano seguinte. O volante, de empunhadura fina, não colaborava nos dias de calor, fazendo com que as mãos suadas escorregassem.
Já as marchas eram trocadas sem esforço. O câmbio de quatro velocidades é acionado na coluna de direção. Os engates são macios e bem definidos, apesar do curso quilométrico da alavanca. O motor, com torque farto já nas 2000 rpm, faz com que as mudanças não sejam freqüentes, como se pôde verificar numa volta com o modelo 1967 de José Antônio Penteado Vignoli.
O carro é da mesma safra do testado por QUATRO RODAS na edição de novembro do mesmo ano, de onde extraímos os números de teste. Na reportagem, mais uma vez era ressaltada a maciez da suspensão, voltada para o conforto, uma vez que a Willys já havia desistido de fazer com que o carro ganhasse em estabilidade.
Apesar de grande por fora, o Itamaraty não dispunha de muito espaço interno. Tanto que, se o banco da frente estivesse muito recuado, a manivela do vidro traseiro tinha seu curso interrompido pelo encosto. Coisas de um projeto exaurido, que tinha planos de ser revigorado para 1970.
Mas com a compra da Willys pela Ford, que havia apresentado no fim de 1966 o Galaxie, a nova referência de luxo e conforto nacional, os Willys foram perdendo combustível dentro da corporação. Seu destino seria selado na tarde de 10 de fevereiro de 1969, quando Henry Ford II, em visita ao Brasil, desceu até a garagem do departamento de pesquisa. Lá estavam dois Galaxie e quatro Itamaraty. O objetivo da visita era aprovar as alterações da linha luxo da Ford e escolher o próximo Willys.
De imediato, o patrão aprovou os futuros Galaxie e descartou a versão do Itamaraty preferida do pessoal de estilo, que tinha faróis quadrados e radiador no centro. Pelo desenrolar da história, pode-se inferir que era escasso seu ânimo em investir alguns milhões de dólares num projeto que considerava uma incômoda herança. Em 1971, a dinastia dos Aero-Willys seria banida das linhas da fábrica. Foram fabricados pouco mais de 17000 Itamaraty, sonho de consumo e símbolo de status por poucos e bons anos.” Quatro Rodas
 

Dados Gerais

  • Marca: Ford
  • Modelo: Itamaraty
  • Estado do Veículo: Antigos e Coleção
  • Ano/Modelo: 1971/1971
  • Cor: Laranja

Mecânica e Performance

  • Motor: 3.0 6 Cilindros
  • Potência: 140CV
  • Transmissão: 4 Velocidades
  • Tração: Traseira
  • Combustível: Gasolina
  • 0-100 km/h: 19 seg
  • Portas: 4
  • Ocupantes: 5
  • Freios: Tambor nas 4 rodas com acionamento hidráulico

Outras Informações

  • Blindado: Sim
  • País de Origem: Brasil

Ficou interessado? Envie uma proposta!

    Está interessado em algum veículo específico? A Pastore Car Collection avisa você quando ele chegar.